O SENTIDO DA VIDA ou sobre TER BRILHO NO OLHAR

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O SENTIDO DA VIDA
ou sobre TER BRILHO NO OLHAR


Os japoneses chamam IKIGAI. Você não precisa chamar nada... mas podemos dizer que é sobre aquilo que chama você para viver e que dá brilho ao seu olhar.
Consegue lembrar quem você era antes do mundo dizer quem você deveria ser?
Faça uma lista do que você deixou de ser quando cresceu!
Somos filhos de uma promessa que fizemos a nós mesmos - lembra Roberto Crema. E se não lembrarmos a nossa missão, alguém vai fazer-nos acreditar numa missão qualquer ou vai contratar-nos para trabalhar no projeto dele.
Deepak Chropra nos lembra que cada pessoa tem um dom único e um jeito único de expressá-lo e que a felicidade depende disso: descobrir o seu dom único e a jeito único de expressá-lo e colocá-lo a serviço da humanidade. Nascemos para ser felizes e se você quer ser feliz... faça isso mesmo: descubra seu dom único e seu jeito único de expressá-lo... e coloque-o a serviço.
Agora... se o seu negócio é ter sucesso e ganhar dinheiro.... bem, aí... descubra seu dom único e seu jeito único de expressá-lo e coloque-o a serviço.   Porque, se o sentido da vida é descobrir o seu dom, o propósito da vida é compartilhá-lo. Dinheiro e sucesso são consequências naturais da felicidade e da realização. Não são condições para ser feliz. Mais importante que ser feliz é ser um ma pessoa boa. É bom ser bom e sendo uma pessoa boa, você é feliz. Estamos falando de felicidade autêntica, de contentamento, de ter a alma saciada, daquela sensação de completude que envolve a alma e daquela certeza da consciência tranquila que toma conta da mente e ainda de uma sensação de prazer físico e bem estar, mesmo no meio do cansaço pois, como dizia Agostinho de Hipona, quem ama não se cansa e se cansa, ama esse cansaço.
Se você já descobriu o seu dom único e o seu jeito único de expressá-lo e se você já alguma vez experimentou colocá-lo a serviço dos outros, você sabe do que estamos falando e pode testemunhar que não há felicidade maior do que essa. Não importa se você ganhou ou não dinheiro por isso... mas você também sabe que quando o serviço é gratuito, a felicidade é maior, mesmo sabendo que é legítimo receber por isso e que ganhar dinheiro é justo e é legítimo - desde que não seja o único e nem o primeiro objetivo da vida... e que ele flui naturalmente e sem esforço e virá, na medida certa - porque já não é mais o objetivo maior e nem o único na sua vida.

Estamos falando daquilo que faz você acordar de manhã e ir para a vida, com entusiasmo renovado e brilho no olhar. Estamos falando daquilo que faz ir além do cansaço físico. Estamos falando daquele motorzinho interno, silencioso e misterioso, que faz você permanecer de pé e manter a nobreza e a soberania nos momentos de fracasso e permanecer sereno no meio das tempestades.
Se você ainda não descobriu isso... continue procurando. Ou... talvez você já tenha encontrado e não consiga dar nome. Ou talvez você estivesse olhando pela janela quando ele entrou pela porta, ou distraído procurando o trevo de quatro folhas no quintal, quando a felicidade bateu na sua porta. Talvez, quem sabe, você tenha procurado fora, no sucesso ou nas metas, nos títulos académicos ou na conta bancária, no endereço chique ou na função que almeja... e talvez você não tenha percebido a realização e a felicidade que já experimentou, às vezes talvez em coisas simples que a vida lhe permitiu saborear. Procure dentro de você, mais no silêncio do que nas palavras, mais no seu coração tranquilo e na sua mente quieta e no seu corpo em paz, do que nos gráficos de ascensão social. O corpo não mente. Mas mentem muitas vezes as estatísticas da revista Forbes ou os índices dos cursos mais procurados no Vestibular. Essas estatísticas falam de dinheiro... mas não medem felicidade, contentamento, completude, inteireza, realização.  Às vezes a mente precisa de mais tempo para aceitar aquilo que o coração já sabe. Estamos falando de Sentido de Vida... daquilo que realmente faz diferença na sua vida e que depende diretamente da diferença que você sente que a sua vida faz na vida das pessoas e do mundo. Lembra um ditado budista que o que não for feito em favor dos outros, não merece ser feito em primeiro lugar. Vitor Frankl nos legou sua arte de viver: fui descobrir o significado da minha vida ajudando as pessoas a descobrirem o sentido das suas. E Oscar Niemeyer dizia: Meu trabalho não tem importância, nem a arquitetura tem importância para mim. Para mim o importante é a vida, a gente se abraçar, conhecer pessoas, haver solidariedade, pensar num mundo melhor. O resto é conversa fiada.
Guardo no coração a tese de um Rabino que acompanhou milhares de doentes terminais e que constatou o seguinte: quando a pessoa toma consciência de que realmente vai morrer... ela tem duas reações distintas: aqueles que ao longo da vida só conseguiram olhar para o próprio umbigo, viveram em função de seus interesses pessoais e não tiveram tempo para os outros... esses entram em desespero. Mas, aqueles que ao longo da vida se sentiram úteis e abraçaram causas de serviço aos outros, estes, quando sentem que a morte se aproxima, encaram e vivem esse momento com serenidade. Parece, pois, que no final das contas, o que vai pesar quando colocarmos a nossa vida na balança, é se aprendemos ou não a servir. Se saboreamos ou não a gratuidade do amor, a liberdade de se doar, o contentamento, aquilo que realmente satisfaz... o coração, a mente e o corpo.
Lembre daquele momento em que você sentiu uma alegria profunda e duradoura, serena e plena... e que você experimentou uma felicidade tão grande que sentiu vontade de fazer isso durante todo o resto da sua vida. Já teve?! Essa pode ser uma boa pista para descobrir o seu dom único e o seu jeito único de expressá-lo. Ou pergunte assim: se eu não dependesse de dinheiro e se tivesse todo o tempo do mundo disponível... o que eu realmente gostaria de fazer?! A resposta também mora por aí...
IKIGAI é isso... e cada pessoa tem o seu IKIGAI... e mesmo que você queira chamar outra coisa ou não chame nada... não tem problema, porque é isso que chama você, a partir do mais profundo de você, porque isso tem a ver com a sua Essência, com a sua Missão de vida, com aquilo que Alguém um dia sussurrou no seu ouvido e disse: vá e seja isso, vá e faça isso! Trata-se de uma missão divina... que cada um de nós recebeu e esqueceu... mas que cada um de nós tem a vida inteira para recordar. Mas descubra... antes que seja tarde! E cada um tem a sua... não adianta perguntar a  ninguém, pois só o seu coração sabe a resposta, que está tatuada nele, como uma impressão digital de Deus!

Pe. Domingos Cunha, CSh

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